terça-feira, 25 de junho de 2013

Explicações sobre a DOR


A dor neuropática é definida como uma dor iniciada ou causada por uma lesão primária ou uma disfunção do sistema nervoso. Como exemplos desse tipo de dor, pode-se citar a dor do membro fantasma, a dor pós-acidente vascular cerebral e a síndrome dolorosa tipo I e a tipo II. O tratamento inclui o uso de drogas, fisioterapia, cirurgia e intervenções psicológicas. 
[http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/main.php?lib=CCB&searchExp=dor%20and%20neurop%E1tica&lang=pt]

A dor pode ter origem a nível de diferentes estruturas da coluna cervical sendo referida para o membro superior através de estruturas somáticas ou através de mecanismos neuropáticos que envolvem os nervos espinhais cervicais. Estas estruturas somáticas podem incluir os músculos cervicais, articulações interapofisárias ou uncovertebrais e os discos intervertebrais. A dor irradiada ao longo do membro superior é frequentemente derivada de um tronco ou raiz nervosa.Consideramos a verdadeira cervicobraquialgia aquela que geralmente surge de uma irritação das raízes nervosas cervicais baixas, em especial de C5, C6, C7 e C8.

Estudos realizados estimam que as cervicobraquialgias afectam entre 
12 a 34% da população mundial, verificando-se que o quadro de dor cervico-braquial é mais prevalente do que a dor isolada na coluna cervical. Dados apontam ainda para uma taxa de recorrência para um novo episódio de 32%, num espaço de 4,9 anos após o episódio anterior.


Em cerca de dois terços dos casos a dor instala-se progressivamente, mantendo-se ligeira ou moderada durante muito tempo, intercalando-se com fases de maior intensidade, e apenas no final de algumas semanas ou meses atinge uma intensidade máxima que leva o paciente a procurar auxilio.


Através do empilhamento das vértebras cervicais forma-se na parte posterior um canal por onde passa a medula espinhal, o canal vertebral. A partir deste canal saiem os vários nervos espinhais cervicais através dos buracos de conjugação. Assim, emergem da coluna cervical pelos buracos de conjugação, oito pares de nervos espinhais, os quais contêm fibras sensoriais, motoras e simpáticas. Os componentes sensitivos do nervo que fornecem sensibilidade para a região cutânea da extremidade superior são chamados de dérmatomas. As raízes motoras que enervam os músculos da extremidade superior são chamadas de miótomas. Quando existe um comprometimento de alguma raiz nervosa, os dérmatomas e/ou miótomas podem experimentar alteração da sua sensibilidade e função motora. 
O fisioterapeuta dispõe de diversas técnicas e métodos que podem ser conjugadas. Aquelas que têm demonstrado maior eficácia incluem:

  • Técnicas de terapia manual que envolvem a manipulação dos tecidos moles/fasciais e alongamentos passivos específicos;
  • Técnicas manuais articulares com mobilização e a manipulação vertebral;
  • Técnicas de mobilização do tecido neural;
  • Fortalecimento muscular dos músculos profundos da região cervical;
  • Aconselhamento postural para realização das tarefas laborais e da vida diária.

Veja abaixo imagens que exemplificam e ilustram as explicações citadas.


Exemplo de atuação de um fisioterapeuta aplicando o tratamento segundo a técnica de Mobilização Neural







Vídeo ilustrando um exercício de auto-tratamento (ensinado quando indicado e devidamente orientado pela fisioterapeuta durante a sessão)


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